sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Chacinas em Belém: a impunidade continua



Na madrugada do dia 05 de novembro, Belém teve uma das noites mais violentas de sua História recente. Foram 11 pessoas mortas, por grupos de extermínios que atuam em nossa capital.

A chacina foi motivada pela morte de um policial da Rotam, Cabo Pet, que segundo as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a existência de grupos de extermínio no Pará, ele  atuava como membro de uma destes milícias em Belém.

O Governo do Estado e a Secretaria de Segurança Publica do Pará, passado quase 70 dias do fato, ainda não apresentaram culpados ou medidas claras que investiguem a participação de polícias e ex-policiais, em  milícias, que são verdadeiros atentados ao direito do cidadão paraense. Principalmente daqueles que moram nas periferias, onde o  aparato de segurança publica não é eficiente ou inexiste e ficam a mercê destes grupos. O governo se resume a dizer que as investigações estão avançadas

A realidade é que os acontecimentos do dia 05 de novembro, nada mais são do que o estopim de uma ação que há muito já se configurava na nossa capital, a de uma violência assustadora que tomou conta dos bairros de Belém. O Governo do Pará deve  mostrar para sociedade que crimes desta natureza não ficarão impunes

O Governo Jatene precisa ser fazer presente com ações efetivas de combate a violência, e quando falo de ações, não são somente as repressivas, mas também com serviços públicos, como creches para as mães que trabalham, com a descentralizações dos pronto atendimentos de saúde,  praças e atividades culturais à esta população.

A única ação mais concreta e efetiva que vimos, é por parte da Comissão Parlamentar de Inquéritos - CPI das milícias, proposta pelo Deputado Edmilson Rodrigues,  que tem investigado e cobrado do Governo do Estado documentos que possam esclarecer a ação destes grupos. A CPI já ouviu familiares das vítimas da chacina de Belém, com o ex-secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo e o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, e nesta quarta realizou oitiva com a Diretora da Polícia Especializada, Delegada Ione Coelho e com a ouvidora da Secretaria de Segurança Pública, Eliana Fonseca.

Na condição de presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara de Municipal de Belém irei acompanhar os trabalhos da CPI, junto com outros vereadores de Belém.
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