Nas
sexta (30) foi a apresentação do Relatório
Final da CPI. Em 44 dias foram ouvidas mais de 70 pessoas, analisados
documentos que investigam chacinas corridas em Belém e no Pará nos últimos
anos, como a do dia 05 de novembro de 2014(que motivou a abertura da CPI). A
comissão identificou várias milícias agindo no Pará, sendo três em Belém e
falta de punição aos culpados. Até agora, apenas o ex-policial militar, Cabo
Almeida está preso pelo assassinato de crianças na chacina de Icoaraci.
Há
uma ineficiência do Estado em investigar ações dessas organizações criminosas.
A CPI identificou também, que o Comando da Polícia Militar podia ter evitado as
chacina da madrugada do dia 05 de novembro, pois ele tinha condições de prever
a reação de vingança e não conteve. Foram dez jovens mortos por omissão.
O Estado demonstra uma incapacidade em conter o avanço da violência, não toma
medidas preventivas para “ocupar” as áreas periféricas de Belém e do Pará como um todo.
Existem municípios onde o destacamento da PM é composto por apenas cinco soldados para cobrir áreas maiores que Sergipe. Ficando estes acuados sem estrutura social e equipamentos adequados. Aos PM’s que moram em bairros onde o aparato social do Estado não chega, há um clima de insegurança, pois saem para trabalhar e não sabem como suas famílias ficam.
Existem municípios onde o destacamento da PM é composto por apenas cinco soldados para cobrir áreas maiores que Sergipe. Ficando estes acuados sem estrutura social e equipamentos adequados. Aos PM’s que moram em bairros onde o aparato social do Estado não chega, há um clima de insegurança, pois saem para trabalhar e não sabem como suas famílias ficam.

As
Milícias são “grupos criminosos que podem ou não conter agentes do sistema de
segurança público, controlam um território simulando o poder de Polícia”, um
crime tipificado no código Penal Brasileiro no Artigo 288.
A
CPI foi muito detalhada e competente em seu relatório, previu que o estado tem
que tomar mediadas mais enérgicas para evitar perder ainda mais regiões para o
crime organizado. Para isso deve tomar atitudes que investiguem e coíbam os
crimes cometidos por milicianos. Entre as ações de coerção criminosa estão às
recomendações:
·
Instalação
de monitoramento de vídeo nas viaturas;
·
Autonomia
da corregedoria da Polícia Militar e o incremento do da Polícia Civil;
·
Aumentar
o tempo de formação dos polícias.
Existe
também o fator vulnerabilidade dos agentes de segurança, que muitas vezes
combatem a criminalidade em áreas onde eles moram, ficando suas famílias e eles
mesmos expostos à violência. A CPI propôs a criação de vilas militares,
possibilitando que estes sejam menos
suscetíveis as influências da localidade e a possibilidade de cooptação pelas
milícias.
Outro
ponto importante é que possamos implantar projetos sociais permanentes nas
comunidades, que o estado ocupe as áreas periféricas com postos de saúdes, escolas, creches,
quadra de esportes, projetos e empreendimentos que gerem emprego e renda. Não
dá para o governo ficar agindo com soluções paliativas, somente para inglês ver
é para a imprensa veicular para TV.
O
Pro Paz não é um projeto permanente no qual permita que nossos jovens se qualifiquem
e tenham acesso à saúde, a educação de qualidade e não fiquem expostos a
violência, que impera em bairros periféricos de Belém. Não dá para continuar
tento nossos jovens mortos pelas milícias devido a omissão do Governo do
Estado, precisamos de ações de verdade.
Outro
ponto é como o aparato de segurança pública, por meio do governo do Estado e
seu serviço de inteligência não consegue mapear os grupos de extermínios e as milícias.
A CPI em 44 dias investigou as ações destes criminosos no Pará, incluindo suas
ramificações econômicas, com suas fontes de financiamento e suas lideranças.
O
que está faltando para coibir a ação destes grupos criminosos. Aliás, até agora
o Governo Jatene não deu respostas sobre as chacinas do dia 05 de novembro.
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