Criação da Comenda Edson Luís de Lima Souto

Em  28  de março de 1968 temos um dos momentos mais emblemáticos da História da Ditadura do Brasil. Durante um confronto no restaurante Calabouço, as forças polícias de repressão assassinaram o secundarista Edson Luís de Lima Souto, então com 17 anos. 

Edson Luís foi um dos primeiros casos de estudantes mortos pela Ditadura Militar e causou grande repercussão, sendo o estopim para as manifestações públicas contra o Regime. Seu enterro mobilizou 50 mil pessoas e as passeatas de protestos, que seguiram sua morte, culminaram com a Marcha dos 100 mil e o início dos anos de chumbo, com a publicação do decreto AI-5.
 

Edson Luís era  paraense. Foi para o Rio de Janeiro  para estudar no Instituto Cooperativo de Ensino e acabou vitimado pela truculência do Regime Militar.  Ele se tornou um verdadeiro símbolo da luta da juventude contra a Ditadura, cuja memória nos remete a um tempo que jamais deve ser esquecido e revivido, como querem alguns conservadores.

Não podemos e não vamos reproduzir estas experiências autoritárias. Precisamos rememorar a memória de tempos em que a liberdade de expressão não era permitida e que os assassinatos e  desaparecimentos de lideranças eram corriqueiras. Época em que a tortura era instrumento comum nos interrogatórios. Enfim, do tempo  que o estado brasileiro viveu seus anos de chumbo, mortes e medo. 

Para evitar que grupos reacionários explorem a desinformação e proponham à sociedade reproduzir no futuro, experiências extremamente negativas e danosas para o povo brasileiro. E ainda, para resgatar, preservar e homenagear à memória do estudante paraense símbolo da luta da juventude contra é que propomos a criação da comenda de EDSON LUÍS DE LIMA SOUTO, que homenageará lideranças dos movimentos de juventude e estudantil.